Atualmente, na área da saúde, os ímãs são comumente utilizados em diversos equipamentos hospitalares. Dois exemplos importantes são as máquinas de ressonância magnética e os ventiladores pulmonares, que ajudaram a tratar milhares de pacientes da COVID-19. Porém, não é de hoje que o ímã é o protagonista nesta área, pois existem estudos de seu uso na medicina oriental há cerca de mil anos.

Países asiáticos

Engana-se quem pensa que os ímãs passaram a ser utilizados na medicina há poucas décadas. Eles eram muito usados na medicina oriental para o tratamento de algumas doenças.

Há cerca de mil anos, objetos com ímãs já eram usados para tratar os imperadores chineses. Em certos casos os ímãs eram moídos para fazer uma espécie de pomada em pó, ou aplicados diretamente no corpo para aliviar dores crônicas.

Além dos chineses, os indianos também começaram a estudar sobre o uso dos ímãs na saúde e usam os conhecimentos relativos aos objetos magnéticos como base para os seus tratamentos.

Além disso, muitos indianos acreditam que, quando uma pessoa está prestes a falecer, é necessário utilizar um ímã e apontar para ela onde seria o norte magnético da terra. De certa forma, eles acreditam que a “passagem para o outro lado” se torna mais tranquila.

Terapia magnética

Atualmente, o principal uso dos ímãs na saúde é através da terapia magnética. O diretor do Instituto de Biofísica de Horb, na Alemanha, Dr. Wolfgang Ludwig, destaca a importância dessa prática. 

Segundo o Dr. Wolfgang “esse é um método que age no corpo inteiro e que pode tratá-lo sem nenhum efeito colateral, ao contrário do uso de farmacêuticos”. Por conta disso, a terapia magnética acabou se tornando uma tendência muito forte entre os profissionais da área.

De acordo com o doutor, o eletromagnetismo, ao que estamos frequentemente expostos, afeta o equilíbrio do corpo. Dessa forma, os ímãs na saúde podem ser usados para resolver problemas simples como dores ou até mais graves, como o câncer.

Ímãs aplicados na medicina atual

São diversas as aplicações dos ímãs em equipamentos hospitalares. Vamos citar algumas delas:

– Máquinas de ressonância magnética: A máquina de ressonância magnética cria um forte campo magnético que interage com os prótons de elementos presentes no corpo, alinhando-os. É emitido um pulso externo de radiofrequência que causa uma variação no fluxo magnético dentro do aparelho. Essa variação induz uma corrente elétrica, gerando um sinal que é captado, tratado e transformado em imagem. Assim, é capaz de criar imagens em alta definição que permite aos médicos identificar diversos tipos de doenças neurológicas, ortopédicas e cardíacas. 

– ventiladores pulmonares: nesse caso, os ímãs são utilizados no motor do aparelho. Na posição de equilíbrio o disco ou a válvula do aparelho fecha o orifício do ímã injetando ar ou oxigênio pela entrada. À medida que a pressão na câmara inferior vai aumentando o ar é transmitido aos pulmões por meio do cano de saída, efetuando-se assim a fase de inspiração. Com o aumento da pressão, o diafragma é levado para cima, comprimindo a mola superior e tracionando a mola inferior até um ponto tal que está tração vence a atração da válvula pelo ímã inferior passando a mencionada válvula a ser atraída pelo ímã superior. Nesse instante o injetor associado ao venturi passa a formar uma pressão negativa pelo orifício de aspiração através do qual passa todo o ar expirado dos pulmões, assim efetuando a fase expiratória da respiração.

De fato, o uso dos ímãs podem ajudar a salvar vidas e cuidar da saúde das pessoas de diversas maneiras. Assim como ele revolucionou diversos pontos de outros setores, ele tem seu papel importante na área da medicina.